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Para nossos olhos, 50 tons de cinza é muito pouco...

O termo cor é usado para referir-se a um aspecto da experiência visual de percepção. Para descrevê-la usamos vários atributos, como a cor dominante, o brilho, ou se ela é clara, escura ou acinzentada. Há também fatores físicos que podem ser considerados e que afetam esses atributos, como a iluminação da cena, a natureza da superfície e até a atitude do observador. Isso torna muito difícil obter medidas quantitativas precisas da magnitude de percepção da cor. Matematicamente, para dimensionar uma cor seria preciso numerar os vetores que são necessários para caracterizar diretamente a percepção de cor.

Essa formulação matemática tem que estar de acordo com as teorias que tentam explicar como o olho humano enxerga as cores, as quais usam de conceitos ópticos físicos e psicofísicos.

Experimentos realizados a partir de misturas de cores mostraram que a combinação de três independentes estímulos de diferentes composições espectrais é necessária para produzir a percepção visual de todas as cores. Isto é facilmente conseguido por meio da mistura espacial de três focos de luzes básicas, azul, verde e vermelha, com variações independentes de ajustes de suas intensidades.

Os raios luminosos incidem na córnea sendo então refratados. A seguir estes incidem sobre a lente que tem por objetivo projetá-los na retina. Na retina encontram-se dois tipos de fotoreceptores os cones e os bastonetes, que convertem a intensidade e a cor da luz recebida em impulsos nervosos. Estes impulsos são enviados ao cérebro através do nervo ótico e então tem-se a percepção de uma imagem.

Os cones são, portanto, as células do olho capazes de distinguir cores. A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. Há três tipos de cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com luz azul. Os bastonetes por sua vez, embora sejam maioria absoluta, só conseguem captar a luminosidade da cor, ou seja, só respondem a um espectro e desta forma não diferenciam cores.

Em 1931 a Commission Internationale de l'Eclairage (CIE) adotou um sistema de especificações triestímulo como o padrão internacional para colorimetria. Foram estabelecidos os valores de comprimentos de onda para representarem espectralmente as três cores básicas, azul, verde e vermelha, respectivamente. Foi com base nessa teoria triestímulo que se modelou a percepção visual de cores. A falta desta percepção costuma ser chamada de discromatopsia que, por sua vez, pode ser considerada em três grupos: Monocromacia, Dicromacia e Tricromacia.

A dicromacia é a ausência de um tipo específico de cone, os que "enxergam" vermelho, verde e azul. Já a Tricromacia anômala resulta de uma mutação no pigmento dos fotorreceptores dos cones retinianos, nesse caso a pessoa enxerga as cores, só que as vê de uma maneira diferente, com matiz e/ou contraste diferente.

No caso da monocromacia, um tipo raro de daltonismo em que há uma "cegueira" completa para as cores, estamos diante daquilo a que se dá o nome de visão acromática: o mundo é visto em preto e branco e em tons de cinza.

Sendo assim, na formação da imagem há uma interação dos cones e dos bastonetes, e decorrente desta interação ocorrem alguns fenômenos no sistema visual humano. O primeiro a ser destacado é que a percepção visual humana é logarítmica. O segundo aspecto é o que se denomina de efeito da Banda de Mach.

As bandas de Mach são ilusões de óptica observadas numa imagem com diferentes tons de cinza, o olho humano percebe duas estreitas listras de diferente gradiente de luminosidade em cada fronteira, que não estão presentes na imagem verdadeira, e que aumentam o contraste entre as áreas. O nome desta ilusão faz referência a Ernst Mach (1838-1916), físico e filósofo austríaco e, através dela, ficou comprovado que o olho humano consegue diferenciar 500 tons de cinza.

E você achando que 50 tons era muita coisa....



(Fontes: Scielo e Info Abril)

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