Saúde Visual publicou esta matéria sobre a evolução das telas, cada vez maiores, melhores e mais inovadoras, com novas tecnologias lançadas para smartphones, tablets e TVs, além de categorias completamente novas de produtos, como dispositivos vestíveis (como os óculos do Google) e a relação disto tudo com a visão.
Alguns leitores escreveram para nós perguntando por que certas cores ficam muito diferentes na tela, apesar de todos estes avanços.
É preciso ter em mente que existem há muitos fatores e causas para que tal ocorra, incluindo a gama de cor, a calibração do branco, a escala de intensidade, o gerenciamento de cor e, por fim, possivelmente o processamento dinâmico de imagens implementado de maneira inadequada.
As telas de todos os displays são espelhos que refletem a luz de tudo que é iluminado e que está diante delas, incluindo lâmpadas, janelas e luz do sol direta ou indireta. Tudo isso, por sua vez, lava as cores da tela, degrada o contraste das imagens e interfere na visualização do que está sendo exibido. Todas as telas reflexivas estão sempre ligadas, são legíveis ao sol e incluem retroiluminação para quando está escuro. Surpreendentemente, nenhuma delas telas inclui um sensor de luz ambiente para controle automático de brilho, o que poderia melhorar e muito a duração da bateria.
Para medir e mapear a precisão de cor absoluta, bem como os erros, em qualquer tela utilizam-se equipamentos e testes específicos para tal. Por conta disto, já neste ano, esperam-se grandes melhorias neste aspecto, como consequência dos pontos quânticos e de avanços de processamento no gerenciamento de cores.
Mas precisamos levar em consideração, porém, que existe um limite de acuidade visual no olho humano - poucos têm uma visão 20/20, sendo que a maioria de nós tem menos que isso. Sendo assim, há um limite bastante útil para a resolução e a densidade de pixels das telas e ultrapassá-lo não tem nenhum sentido prático, pois não há benefícios visuais e o desempenho da tela geralmente decresce (além de, claro, o custo total do aparelho subir significativamente).
Para compreender melhor esta colocação, basta imaginar que, levando em conta apenas a acuidade da visão 20/20, o limite prático da resolução de um smartphone está em cerca de 450 ppi. Mas para ver todos os detalhes da imagem é preciso segurar o aparelho bem perto dos olhos. No caso das TVs, ainda para uma visão 20/20, quem tem uma TV de 40 polegadas terá que vê-la de uma distância menor que 1,60m para notar a diferença – e assim progressivamente..
A qualidade de imagem, a fidelidade e a precisão de cor foram melhorando regularmente graças a melhorias na tecnologia das telas, processamento de sinal avançado, calibração de fábrica automática e aumento da concorrência. Especialistas realizaram uma série de testes e medidas de laboratório mostrando que os melhores smartphones, tablets e TVs são comparáveis, em precisão, com os monitores profissionais de estúdio. Com tamanha qualidade, é possível ver as fotos digitais em alta fidelidade.
Isto é especialmente importante, já que, geralmente, você conhece as cores das coisas que aparecem nas fotos que você tirou. Outra vantagem aparece na hora de fazer compras pela internet: as mercadorias aparecerão em cores precisas, então você terá uma boa ideia do que está comprando, diminuindo assim as chances de você não gostar do produto e querer trocar.
Para não dizer que não falamos em desvantagens, podemos incluir a fome causada pelas imagens de alimentos apresentadas em telas tão exatas, além do tempo gasto vendo séries e filmes, pois eles ficarão com imagens mais que excelentes...
(Fonte: Display Mate Technologies)