Nossa leitora Mayara Almeida, através da página do do Saúde Visual, solicitou que nós divulgássemos este link: www.gofundme.com/visual-snow.
Trata-se de uma campanha de arrecadação de fundos para uma pesquisa sobre o transtorno conhecido como Visual Snow (Neve Visual, em tradução livre). Já tratamos deste assunto nesta matéria, porém, como Mayara faz questão de nos escrever, somos “o único portal brasileiro a falar sobre Visual Snow”.
De fato, este é um transtorno bem pouco conhecido ainda no Brasil, infelizmente. Sendo assim, vamos explicar um pouco mais sobre o assunto.
Neve Visual (NV) tem como característica a persistência em enxergar como se estivesse nevando ou, ainda, algo como aquela estática (chuvisco) de televisão só que em todo o campo visual (para compreender melhor, clique na imagem acima que ilustra esta matéria). Isso tende a ser pior no escuro, mas pode ser visto em todas as condições de iluminação.
A NV não deve ser confundida com os fenômenos entópicos normais ou flocos vítreos. Enquanto essas duas condições também fazem surgir manchas e objetos flutuantes, isso não é o mesmo que NV.
Não há uma causa conhecida para a neve visual. Através de estudos de casos documentados, acredita-se que o uso de drogas, legais ou ilegais, possa levar ao problema, mas pouco se sabe sobre as causas específicas. Algumas ligações entre doença autoimune, como a doença de Lyme, foram encontradas. No entanto, muito mais casos de NV não trazem nenhuma outra conexão para tal estado.
Um detalhe importante é que embora a NV afete a visão, pouquíssimas pessoas apresentam resultados irregulares nos exames. Tomografia computadorizada e ressonância magnética também tendem a apresentar um quadro normal, enganado os médicos. É mais provável que seja um desequilíbrio químico indetectável no cérebro.
Não existe, até o momento, um tratamento estabelecido para NV. Muitos pacientes têm tentado medicamentos para enxaqueca com pouco ou nenhum sucesso. Outros tentaram ervas, acupuntura e quiropráticos, novamente com pouco ou nenhum sucesso.
Os sintomas não nunca vão embora. Mesmo com os olhos fechados é possível ver as estáticas e outras imagens visuais perturbadoras. Muitos pacientes sofrem também de sintomas não visuais, tais como fadiga, zumbido ou despersonalização e desrealização.
A campanha que nossa leitora Mayara nos trouxe é uma ação do – uma instituição de caridade fundada por Jennifer Ambrose, que demorou a descobrir qual era seu problema de visão e, ao saber-se portadora de NV, teve um choque ao descobrir sobre as dificuldades de tratamento. Por isso ela fundou o instituto que, com a ajuda de um punhado de médicos, se esforça para levantar fundos para a pesquisa e encontrar, assim, um tratamento.
(Fonte: Eye on Vision Foundation)