Considerando o quão visual é o "feed" de notícias no Facebook, a empresa trabalha em uma solução que permita aos invisuais "ver" as imagens que os amigos compartilham.
"Se pensar o quanto o feed de notícias é visual - e provavelmente é grande parte - e a frequência com que as pessoas fazem um comentário ou dizem algo sobre o que é compartilhado, mas sem dizer realmente o que está na foto", consegue perceber-se a necessidade da ferramenta que os engenheiros do Facebook estão desenvolvendo, diz o primeiro engenheiro cego da rede social, Matt King.
O Facebook liga milhões de pessoas em todo o mundo, mas é complicado de acompanhar para aqueles que são invisuais. "Então, para alguém como eu [invisual], é um pouco como, ok, o que se está acontecendo aqui? Do que é que estão falando?", acrescenta King.
Atualmente, os invisuais têm acesso a screen readers, ferramenta que permite identificar o que a tela mostra, o que permite perceber o que está escrito na rede, mas não tem qualquer efeito nas fotos que são mostradas.
Para mudar isso, procuram desenvolver uma ferramenta de reconhecimento, baseada em inteligência artificial, para ajudar os invisuais a ter uma ideia do que está nas fotos que as pessoas compartilham na rede. Em uma mensagem de áudio que começa com "esta imagem poderá conter", a ferramenta descreveria tópicos da mesma. Por exemplo, em uma foto de um pôr do sol em uma praia a descrição poderia ser natureza, nuvens, exterior.
King confessa que a ferramenta ainda está longe de ser vista como um produto final. "Pode não estar 100% ainda, mas o nível de comprometimento e a alegria que tenho é fácil de alcançar os 50%", diz.
"É um passo enorme, e vai ficar melhor daqui para a frente. Considero que a boa vontade do Facebook em investir em áreas como esta realmente excitante e apenas mais uma forma de ligar as pessoas com deficiências a uma grande experiência", acrescenta o engenheiro.
King, que está trabalhando na rede social há apenas quatro meses, confessa que tem noção que a tecnologia relacionada com os screen readers ainda está pouco desenvolvida. Porém, procura melhorar a experiência na rede, e mesmo na web, para aqueles que não conseguem ver o que os rodeia.
(Fonte: Portal da Oftalmologia)