O que seria das boates sem o raio laser? Há pelo menos 30 anos a técnica é utilizada pela indústria do entretenimento com o intuito de realçar a música, fazendo com que o raio laser se mova pela pista seguindo um programa de computador e utilizando pequenos espelhos. Os raios podem se tornar visíveis no ar quando há fumaça de gelo seco. Tudo muito impactante. Até demais, segundo a Comissão Nacional para Proteção Radiológica da Grã-Bretanha.
Segundo o órgão, os raios usados são suficientemente poderosos para causar lesões oculares graves. Como o custo do equipamento que produz laser caiu bastante, clubes e discotecas pequenas também passaram a utilizá-lo. A comissão afirmou que tais produtos costumam vir com informações de segurança inadequadas e são usados por pessoas que não têm experiência em lidar com lasers com segurança.
Os raios frequentemente são direcionados ao público, no entanto, segundo seus defensores, eles só apresentam riscos à saúde quando projetados diretamente no rosto das pessoas. Mas a comissão alerta que a maioria dos lasers usados para diversão e espetáculos é da Classe 3B ou Classe 4, fortes o suficiente para serem nocivos.
O órgão pretende levantar a questão com o Departamento de Proteção à Saúde da Grã-Bretanha. John O'Hagan, da comissão, alerta que, se historicamente o equipamento necessário para esses espetáculos era grande, caro e complexo, agora observam-se unidades compactas sendo vendidas a pessoas inexperientes na tecnologia de laser ou, em particular, em segurança de laser.
Não existe no Brasil estudo semelhante ao Britânico, mas é bom ficar de olho.
(Fonte: BBC)