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I love it loud... Kiss, audição e visão

O grupo Kiss é uma banda de hard rock estadunidense formada em Nova York em 1973. Conhecida mundialmente por suas maquiagens e por seus concertos muito elaborados e até exagerados que incluem guitarras esfumaçantes, sangue, pirotecnias e muito mais, a banda lançou, em 1982, uma canção chamada I love it loud (Eu amo isso alto).

No refrão, o grupo canta Loud, I wanna hear it loud/Right between the eyes. Algo como “Alto, eu quero ouvir isso alto/Bem no meio dos olhos”. Se pouca gente compreendeu a ligação entre o volume da música com os olhos, um trabalho desenvolvido por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) joga uma boa luz sobre o assunto.

Este estudo mostra que a audição altera a atividade de áreas no cérebro humano envolvidas com o processamento de estímulos visuais.

Para o professor de computação Shinsuke Shimojo, um dos responsáveis pela pesquisa, este estudo indica que o mais importante para o homem e os demais animais não é um sentido em particular, mas as interações entre os diversos sentidos.

Inicialmente, os cientistas verificaram que, quando exposto a um flash de luz acompanhado por dois ruídos, um observador acreditava ter visto dois flashes ao invés de apenas um. O segundo flash percebido por ele foi somente uma ilusão causada pelo som e não o resultado de nenhum estímulo visual.

Os pesquisadores descobriram ainda que, quando o som altera a percepção visual, também a atividade de certas regiões no cérebro é afetada. Essa mudança na percepção visual induzida pelo som poderia em princípio ser provocada por alterações em duas áreas distintas do cérebro: a responsável pela combinação dos estímulos de vários sentidos ou a exclusivamente envolvida no processamento da informação visual.

Nas condições em que o estudo foi desenvolvido, os cientistas concluíram que a região cerebral associada especificamente à visão era diretamente afetada pelos estímulos auditivos.

Além disso, as atividades medidas nas áreas visuais do cérebro quando realmente havia um segundo estímulo visual e quando havia apenas uma ilusão provocada pelo som foram muito semelhantes. Desse modo, os pesquisadores concluíram que, nas áreas visuais do cérebro, estímulos auditivos e visuais são capazes de induzir efeitos semelhantes.

Os resultados dessa pesquisa, publicados recentemente na revista NeuroReport, sugerem que as informações captadas por cada sentido não são processadas isoladamente, o que pode ter implicações diretas e indiretas.

Entre as implicações diretas, explica Shimojo, pode se destacar as alterações nos métodos laboratoriais de análise e interpretação de dados, assim como mudanças nos livros que tratam da percepção. Já entre as indiretas ele cita as aplicações no tratamento e educação de crianças deficientes, no desenvolvimento de jogos e na avaliação de diferenças e talentos individuais.

Mas não comentou nada sobre ouvir música alta.



(Fonte: Ciência Hoje On-line)

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