A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 500 mil crianças fiquem cegas todos os anos. A notícia se torna ainda mais dramática quando se sabe que a maioria delas perde a visão ainda no primeiro ano de vida.
Só no Brasil, cerca de 33 mil crianças ficam cegas por conta de doenças oculares que poderiam ser evitadas em 28% dos casos ou tratadas precocemente em 15% deles, de acordo com o último relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia ().
Entre os motivos que levam a cegueira a instalar-se na vida de uma criança estão os erros de refração, a retinopatia da prematuridade, o glaucoma congênito, a catarata congênita, as cicatrizes retinianas e corneanas, além do retinoblastoma e malformações oculares.
Ainda na fase intrauterina, o zika vírus, a rubéola, a toxoplasmose e outras doenças infecciosas podem levar um bebê a nascer com deficiência visual. E como fator genético, a lista incluiu a aniridia, o albinismo e a distrofia retiniana.
Com o intuito de evitar que casos de cegueira tratáveis se desenvolvam, uma nova redação para o Artigo 10 da Lei nº 8.069 institui a obrigatoriedade da realização do Teste do Olhinho, ainda na maternidade e em todos os recém-nascidos. O exame pode ser feito por qualquer profissional médico e é capaz de identificar alteração do reflexo de luz no fundo do olho, permitindo detectar precocemente diversas doenças.
Casos de catarata e glaucoma congênitos, má formação ocular, opacidades na córnea, tumores intraoculares ou hemorragias vítreas são alguns dos mais perigosos acometimentos que ocorrem em bebês e o teste do olhinho acusa tais casos. Porém, por funcionar como uma triagem, o teste do olhinho não é específico e não isenta a consulta com o oftalmologista, que deve ser feita até o primeiro ano de vida.
Saúde Visual já apresentou nesta matéria como é possível identificar a existência de possíveis distúrbios de visão conforme a idade da criança. Se você ainda não conferiu, confira agora!
(Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria – )