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Em 6 anos, medicamento reduziu em 50% a cegueira decorrente da DMRI

Segundo a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a principal causa de cegueira em pessoas com 65 anos ou mais de idade. A doença afeta a visão central, levando à perda da visão em pouco tempo, se não tratada de forma precoce. O único fator de risco comprovado até o momento é o envelhecimento. No estágio avançado, a doença pode limitar significativamente a autonomia do idoso.

Entre os sintomas iniciais da DMRI estão visão com linhas onduladas, borramento visual e distorção de objetos. A doença se apresenta em duas formas sendo a mais frequente chamada de seca e a forma mais grave, chamada úmida ou exsudativa. Nesta forma, os  vasos sanguíneos anormais crescem na parte posterior do olho, extravasando fluido ou sangue, causando distorção ou borramento da visão. Sem tratamento, a perda da visão pode ser rápida e severa.

Apesar de não existir cura, para a forma úmida os pacientes brasileiros podem contar com um tratamento capaz de estabilizar e recuperar parte da visão perdida. Aprovado pelo FDA (órgão americano que regulamenta a liberação de medicações) e pela ANVISA (órgão brasileiro que regulamenta a liberação de medicações), o Lucentis (ranibizumabe), do laboratório suíço Novartis, foi testado em estudos clínicos controlados nos quais foram demonstradas sua segurança e eficácia no tratamento da DMRI exsudativa.

Desde 2006, conforme recentes estudos publicados na American Journal of Ophthalmology, o Lucentis reduziu em 50% a cegueira decorrente da DMRI no mundo. No Brasil, o medicamento vem beneficiando os pacientes desde 2007. Em dezembro de 2012, Lucentis recebeu duas novas indicações da ANVISA, passando a ser o primeiro e único tratamento aprovado para recuperar parte da visão perdida por pessoas com edema macular diabético, principal causa de cegueira na população com idade produtiva.

O tratamento com laser, considerado padrão até o momento, reduz o risco de progressão da doença, mas não recupera a visão perdida. Porém, por conter a substância ativa ranibizumabe, que é parte de um anticorpo, o Lucentis se liga seletivamente a uma proteína chamada fator de crescimento endotelial ou VEGF-A, uma proteína que faz com que os vasos sanguíneos se desenvolvam e derramem fluidos e sangue. Estes efeitos agravam a lesão da mácula. Ao bloquear este fator, o ranibizumabe reduz o crescimento dos vasos sanguíneos e controla o derramamento de fluido e o inchaço inibindo o crescimento dos vasos anormais responsáveis pela DMRI.

Os estudos clínicos feitos em mais de 1.300 pacientes com DMRI exsudativa demonstraram que o tratamento com Lucentis consegue estabilizar a visão em 90 a 96% dos casos (comparado com 64% na terapia fotodinâmica com verteporfina) e consegue melhorar a visão em 34 a 40% dos casos (comparado com 6% na terapia fotodinâmica com verteporfina). O tratamento preconizado inclui injeções mensais do medicamento durante um ano. Apesar de menos efetivos, esquemas alternativos com menos injeções de Lucentis podem ser realizados e demonstraram-se melhores do que a evolução natural da doença.

Como o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, os médicos recomendam que as pessoas acima de 50 anos consultem anualmente um retinólogo, médico oftalmologista especialista em retina. No Brasil, o Lucentis já está disponibilizado por planos de saúde privados e também pelos governos dos estados do Mato Grosso, Pará, Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, além do Distrito Federal.

O medicamento também beneficiará os pacientes com oclusão venosa de retina, doença ocular relacionada à pressão arterial alta, dentre outros fatores de risco, e que está entre as cinco causas mais comuns de cegueira no mundo.


(Fonte: Novartis)

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