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Dicas para uma boa adaptação ao óculos multifocal

Em 1785, o estadunidense Benjamim Franklin formou “uma única lente por justaposição de duas metades de lentes diferentes, uma para visão de perto e outra para visão de longe”. Esta “invenção” todo mundo conhece. Trata-se do óculos bifocal, aquele que tem uma “janelinha” separando as lentes de longe (na parte superior) da lente de perto (na parte inferior).

Curiosamente, Franklin é autor da frase “antes do casamento os olhos devem estar bem abertos; depois do casamento, semicerrados”. Não se sabe se foi isso que o fez a inventar o bifocal, mas é certo que, além de denunciar a idade de quem usa, este tipo de óculos só proporciona nitidez para duas distâncias fixas (longe e perto) e causa um “salto da imagem” quando os olhos cruzam a linha de separação das lentes.

Óculos multifocal apresenta a combinação de dois óculos juntos: o de longe (miopia ou hipermetropia com ou sem astigmatismo) e o de perto (presbiopia ou vista cansada). Ou seja, ele soma duas lentes numa única lente sem que haja uma nítida separação entre elas. Melhor ainda, ele faz uma transição gradual e suave do grau de longe para o intermediário e então para o de perto, proporcionando uma visão nítida em todas as distâncias de foco.

Por isso não dá para comparar a visão proporcionada por uma lente multifocal com uma bifocal. Muito menos com o fato de se ter dois óculos separados para longe e para perto. O multifocal acaba com o “tira e põe” de óculos, com a troca de um óculos pelo outro ou com o esquecimento de onde os deixou. Sem mencionar a estética duvidosa de óculos pendurado no pescoço, na mão, na testa ou na ponta do nariz.

No entanto, o medo de usar o multifocal e não se adaptar parece ser contagiante. Todo mundo parece conhecer alguém que usou e não gostou, mas não é bem assim. A dificuldade de se adaptar ao óculos multifocal vai depender do tipo de grau que a pessoa tem, da lente de óculos escolhida e da motivação da pessoa em se acostumar com esse tipo de óculos. O esforço, no entanto, valerá a pena quando você conseguir ter uma visão boa em todas as distâncias (perto e longe) sem precisa ficar trocando de óculos.

Em mais um serviço de utilidade pública, Saúde Visual foi buscar algumas dicas para uma boa adaptação ao óculos multifocal.

1- Como o óculos multifocal é caro, de nada adianta fazer uma lente ruim ou economizar na lente pra comprar uma armação cara. Para uma boa adaptação é preciso uma boa lente. E uma boa lente geralmente tem um custo maior, ainda que tais lentes estejam cada vez mais acessíveis.

2- Quem desiste logo na primeira tentativa, nunca vai usar multifocal. Tem que tentar, insistir, tentar mais e insistir novamente. Quando colocamos qualquer lente de correção visual, nosso cérebro precisa se adaptar para interpretar a nova forma como os olhos estão captando as imagens. O tempo de adaptação varia de pessoa para pessoa e de lente para lente.

3- No começo algumas atividades como descer escada, manobrar o carro na garagem, parecerão mais difíceis. O jeito é evitá-las nos primeiros dias. Assim como se deve mexer os olhos e não a cabeça e manter o óculos bem posicionado no rosto.

4- Algumas lentes multifocais privilegiam a visão de longe ou a intermediária ou a de perto. É preciso conversar com o especialista para saber qual a melhor para o usuário, dependendo das suas atividades.

5- A medida da distância pupilar e a altura de montagem são fundamentais. Para isso procure uma boa ótica, com um atendimento personalizado e diferenciado. Da mesma maneira um exame de refração bem feito, com calma e atenção, é fundamental.

6- A altura da armação é importante. Uma armação pequena (14mm, por exemplo) receberá uma lente especifica para essa altura de armação. Caso contrário a adaptação será muito complicada.

As lentes multifocais apresentam um “corredor de visão” - conforme o grau na lente vai passando do grau de longe para o de perto, esse corredor vai diminuindo. A parte periférica da lente geralmente não tem grau. Os fabricantes de multifocais tentam cada vez mais fabricar lentes com corredores amplos proporcionando um maior campo de visão para o cliente e uma adaptação mais rápida. Uma boa lente, portanto, reduz os desnecessários movimentos de cabeça permitindo uma postura mais natural e confortável ao visualizar objetos muito próximos ou em distâncias intermediárias.

Outro tipo de lente é a intermediária. O óculos intermediário serve para quem não usa ou não quer usar óculos para longe, mas começou a apresentar dificuldade para perto e trabalha com computador. Como a distância de leitura no computador é diferente da distância de leitura de livros ou jornais, torna-se necessário um óculos com dois tipos de graus diferentes. Os óculos intermediários são como lentes multifocais, mas com grau só para média e curta distância, proporcionando uma adaptação fácil e rápida.


(Fonte: Médico de olhos)

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