Piscar é saudável porque a lágrima limpa a córnea e neutraliza microrganismos que poderiam provocar infecções. Mas, em alguns casos, o ato de abrir e fechar os olhos pode caracterizar uma doença, o blefaroespasmo, cuja principal característica é piscar de maneira descontrolada e excessiva. Não confundir com blefarosplatia.
Nos estágios iniciais, o blefaroespasmo pode afetar somente um olho, mas ambos os olhos acabam sendo envolvidos, embora os sintomas possam permanecer mais pronunciados em somente um olho. Normalmente, a doença começa de forma discreta e aos poucos vai se intensificando.
A pessoa pisca sem parar, a ponto de não enxergar. O indivíduo com blefaroespasmo pode apresentar “cegueira funcional”, o que o incapacita para atividades normais do dia-a-dia, como dirigir, ler, escrever, cozinhar etc.
O blefaroespasmo atinge homens e mulheres a partir dos 60 anos e os especialistas acreditam que o problema seja causado pelo funcionamento anormal dos gânglios basais que são estruturas cerebrais profundas, envolvidas no controle dos movimentos. Outros fatores que podem influenciar são stress, cansaço físico, traumas emocionais, consumo excessivo de cafeína, uso constante de computador, iluminação, dirigir, ler e assistir televisão.
Algumas doenças podem ter o blefaroespasmo como um de seus sintomas, como blefarite, ceratite, síndrome do olho seco e uveíte anterior.
Para o diagnóstico é necessário um minucioso exame oftalmológico que determinará se se trata de blefaroespasmo essencial ou secundário (provocado por problemas oculares). Mas a doença ainda não tem cura, sendo apenas controlável temporariamente com a injeção de toxina botulínica (vulgo botox) em pontos específicos nas pálpebras.
(Fonte: Saúde)