Airbag, também conhecido por bolsa de ar ou almofada de ar, é um componente de segurança dos carros que funciona de forma simples: quando o carro sofre um grande impacto, vários sensores dispostos em partes estratégicas do veículo são acionados emitindo sinais para uma unidade de controle que aciona o airbag mais adequado.
Toda essa operação dura 30 milésimos de segundos, graças à “explosão da bolsa”, que ocorre numa velocidade média de 300 km/h.
Justamente por se tratar de uma “explosão”, os ocupantes de veículos com airbag devem ter cuidados redobrados com a postura dentro do carro. A mais importante delas é o uso do cinto de segurança. Usar o airbag sem cinto é um grave erro, pois a proporção da abertura do airbag é calculada levando em conta, justamente, o trabalho do cinto de segurança.
Estudo realizado pela Fundación Mapfre, instituição patrocinada por uma das maiores seguradoras do mundo, por meio de seu Instituto de Segurança Viária, na Espanha, demonstra que, em alguns casos, o disparo do airbag pode provocar lesões. Isso acontece, principalmente, porque os condutores mantêm uma distância inadequada em relação ao volante: 26% se situam a menos de 42,5 centímetros (distância olhos ao centro de volante), quando o recomendado, em média, são 45 centímetros.
Foi o que aconteceu com uma adolescente dos EUA. Ela teve a superfície do olho atingida pelo nylon do airbag que acabou imprimindo um padrão em seu olho direito (A na foto abaixo) e rasgou a superfície do esquerdo (B). Os médicos examinaram os ferimentos usando um corante fluorescente que mostra os arranhões na córnea sob luz azul.
Os ferimentos da garota foram curados depois de algumas semanas, e sua visão não foi prejudicada. Mas em casos raros e infelizes, a retina pode descolar e o paciente pode ficar cego.
A maior parte dos ferimentos nos olhos causados por airbags são menos graves, e as consequências em não usá-los podem ser piores: segundo pesquisas, o uso combinado do airbag e do cinto de segurança reduz o risco de morte em mais de 50%.
Além disso, diversos estudos e pesquisas estão sendo realizados como objetivo mudar a maneira que os airbags são implantados para reduzir os traumas oculares decorrentes de sua abertura.
(Fonte: New England Journal of Medicine)