Uma vez que o HIV é um tipo de vírus chamado retrovírus, a medicação usada para tratamento é a chamada anti-retroviral. Esses medicamentos poderosos controlam o vírus e diminuem a progressão da infecção por HIV. A quantidade de comprimidos que o paciente HIV positivo precisará tomar e a sua freqüência depende de quais medicamentos o médico escolher. Cada terapia antirretroviral altamente ativa é moldada para cada paciente individualmente.
No estágio atual de terapia antiretroviral altamente ativa (HAART), os desafios que pacientes portadores do vírus HIV enfrentam com relação às complicações oculares mudaram muito; no entanto, a morbidade ocular significativa persiste.
Existe, na literatura médica, uma constante atualização sobre esses desafios, com destaque para a literatura relevante dos últimos 12-18 meses. Embora sua incidência tenha diminuído substancialmente na era da HAART, o citomegalovírus (CMV) continua a ser uma importante causa de morbidade ocular e preditor de mortalidade.
O CMV pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e do herpes zoster. As manifestações clínicas da infecção pelo CMV variam de uma pessoa para outra e vão desde discreto mal-estar e febre baixa até doenças graves que comprometem o aparelho digestivo, sistema nervoso central e retina. O citomegalovírus nunca abandona o organismo da pessoa infectada, permanecendo em estado latente para que, em qualquer baixa na imunidade do hospedeiro, possa reativar a infecção.
Atualmente, os pacientes com CMV têm um risco aproximadamente igual de desenvolver uma complicação ocular em comparação com a era pré-HAART. Pouco se sabe sobre as considerações atuais epidemiológicas da sífilis e do HIV ocular, no entanto, pacientes com HIV podem ter maior probabilidade de uveíte posterior sifilítica.
Em relação à desordem neurorretiniana associada ao HIV, novas modalidades de imagem oftálmicas estão ajudando a descobrir potenciais alterações estruturais. Os desafios futuros na luta contra o HIV relacionados com a saúde dos olhos envolverão a identificação de fatores adicionais que conferem maior risco de retinite por CMV, a compreensão do escopo de sífilis ocular e outras infecções oculares em pacientes com HIV.
Além de aprofundar a compreensão das mudanças estruturais em desordem neurorretinianas como um possível indicador de danos em outros órgãos.
(Fonte: Optometric Physician)