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Os muitos e variados riscos da diplopia (ou visão dupla)

Visão dupla, ou “dupla visão”, ocorre quando duas imagens não correspondentes são enviadas para a parte do cérebro que é responsável pelo processamento visual. Quando isto ocorre, a longo prazo, o cérebro passa eventualmente a compensar os dois sinais suprimindo um deles, de modo que uma única imagem é percebida. O sinal suprimido pode, eventualmente, fazer com que o olho torne-se amblíope ("olho preguiçoso"), com a consequente perda da visão naquele olho.

Clinicamente falando, a visão dupla é conhecida como diplopia. Já a poliplopia é a percepção de três ou mais imagens de um único objeto sobrepostos uns aos outros.

Existem dezenas de causas para visão dupla que variam de um estado benigno até para um provável risco de vida.

A visão dupla pode resultar, por exemplo, de uma deficiência em qualquer parte do sistema de visão, incluindo a córnea, músculos oculares, lentes, nervos, ou do próprio cérebro. A causa mais comum de diplopia é o desalinhamento dos dois olhos que pode acontecer a partir de várias situações diferentes. Algumas doenças como miastenia gravis podem causar fraqueza dos músculos dos olhos, levando ao desalinhamento deles e, consequentemente, à visão dupla. Diabetes mal controlada também pode causar danos nos nervos acarretando uma diplopia, que também pode surgir como resultado de um acidente vascular cerebral, traumatismo craniano ou outras lesões cerebrais. Enquanto a diplopia pode ser um sintoma das condições listadas abaixo, nem sempre está presente nestas condições.

Portanto, é importante para o médico para analisar cuidadosamente o histórico e os exames de praxe para determinar a causa e iniciar um tratamento adequado quando necessário.

Uma avaliação completa da visão dupla começa com um histórico detalhado da diplopia, incluindo o início (gradual ou súbita), a duração, a frequência (intermitente ou constante), e a variabilidade com a posição da cabeça ou do olho, observando todos os sintomas associados (dor, dor de cabeça e perda de peso, entre outros), e uma análise completa de condições médicas passadas e atuais. O exame físico inclui a medição da acuidade visual em cada olho que avalia se a diplopia é monocular ou binocular. Um exame cuidadoso do alinhamento dos olhos em relação à várias posições da cabeça é realizado para detectar se a diplopia é monocular ou binocular.

Um exame ocular completo, que pode incluir a dilatação dos olhos, é realizado para procurar qualquer anormalidade ocular ou orbital. É dada especial atenção às pupilas e à posição das pálpebras se houver suspeita de que a causa seja neurológica. Em alguns casos, exames especializados de imagem (topografia, ressonância magnética, etc) e outros testes serão necessários para investigar as possíveis causas.

Quando existe suspeita de risco de vida ou uma ameaça à visão, o tempo pode ser essencial. Assim, uma vez que a causa tenha sido determinada, o tratamento pode ser adaptado para a causa subjacente.

A maioria das causas de diplopia monocular está ligada ao mau foco de luz no olho, e o tratamento é, portanto, para corrigir a causa subjacente do borrão. Por exemplo, erros de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo) podem ser corrigidos com óculos ou lentes de contato; olho seco, com lágrimas artificiais e catarata com cirurgia. Outras condições que interferem com a focagem adequada de luz incluem deformação da córnea ou as condições da retina, tais como membrana epirretiniana. Os tratamentos são adaptados à condição específica. Raramente a causa subjacente exige uma emergência médica nos casos de diplopia monocular.

Já a diplopia binocular, por outro lado, é produzida por um desalinhamento dos olhos que podem ser causados por condições de perigo de vida. Por exemplo, aneurismas, acidentes vasculares cerebrais e traumas podem interferir com os nervos que controlam os músculos extraoculares (músculos que movem os olhos em diferentes direções, assim como as cordas de uma marionete). Às vezes, a causa é relativamente inofensiva, como quando os músculos dos olhos ou sinais neurológicos destes músculos enfraquecem com cansaço ou doença. A insuficiência de convergência, ou incapacidade de alinhar os olhos ao focar um objeto próximo, é uma causa benigna comum de diplopia binocular intermitente que muitas vezes pode ser tratada com exercícios para os olhos e/ou óculos com prismas.

Enfim, o prognóstico depende da causa subjacente. Diplopia monocular devido à visão turva favorece um bom prognóstico, desde que a causa do desfoque seja corrigível. Diplopia binocular pode ser resolvida com o tratamento da causa subjacente, no entanto, em alguns casos, pode haver desalinhamento permanente dos olhos devido a danos nos nervos ou músculos. Nesta situação, óculos com prismas podem ajudar, bem como o alinhamento cirúrgico em alguns casos.



(Fonte: WebMD)

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